terça-feira, 28 de julho de 2009

Máquina do tempo

Nacional - Oswaldo Cruz! =)
Foto: Elisa



Recebi cartas, por um tempo de um grande amigo.
Mandei.
E não eram apenas palavras.
Em cada palavra escrita.
Lida.
Um vida.
Sua vida.
Emoções juvenis.
Sensações fortes, ansiedades.
Aventuras.
Entre amizades mantidas, outras novas, fim de algumas que não eram pra ter fim. Fortalecimento de outras.
Nunca senti tantas emoções.
Nem ele.
Tão intensas, tão amorosas.
Todas.
Em cada remetente, um destinatário.
Uma história.
Apropriação.
Quem lê já não sabe se é do outro.
Minha.
Alegrias somatizadas.
Piadas.
Subi os morros de Araxá.
Contagem na palma das mãos.
Não eram cartas particulares.
Tantos leram.
Eles também.
Tantos participaram.
Comentaram.
Criaram anexos.
Vida.
Papel.
Papelização da vida.
Vida da papelização.
Imaginação.

Realidade.
'A festa acabou.'
Distância.
Distância.
Não existem mais cartas.
Amizade.
Tempo.
Falta.
Carnaval:
Vivi a realidade do papel.
Reencontro em despedidas.
Reencontro/Encontro dos presentes e do passado.
Duas histórias.
Fantasia.
A verdadeira.
Uma na cara da outra.
Máquina do tempo.
Tempo condensado.
Passado.
Presente.
Gozo de alegria.
Lágrimas.

Tudo mudou.
Pra sempre.
Igual.


Elisa

3 comentários:

Thayane disse...

Penso no que o tempo nos proporciona, ou a falta dele nos deixa de proporcionar.

Elisa Maria disse...

nossa, custei pra racioncinar isso... profundo!

Gabi disse...

adorei esse poema. mto pessoal, mas mto bom.