quinta-feira, 12 de julho de 2007

Exatamente como uma casquinha...Doce que derrete em 5 minutos.


Tá tudo errado. Quando pensei em escrever um blog eu não pensei nisso. Pensei em algo mais criativo e dinâmico. Falar sobre os pardais e seus movimentos migratórios de casa pra casa, por exemplo. Tá, tudo bem. Não pensei exatamente nisso.Já tive vários blog, e sempre acabei com eles porque eles não diziam quase nada do que eu realmente queria dizer.
Mudar de blog é como trocar uma casa da periferia na qual você mora por 11 anos e ir morar em uma casa de praia com cheiro de madeira de árvores que acabaram de ser cortadas. E, depois que passa uma semana de chuva, você já sente o cheiro de mofo, e a praia já não te atrai mais, e agora você não tem pra onde ir. Exatamente. A empolgação acaba. Mas porque o resultado não é o esperado.
Quando Raul escreveu "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo" ele deveria estar completamente incosciente de como mudanças nem sempre são mutualísticas.
Tava passeando pelos blogs na internet, e através do "Depósito do Calvin"(http://depositodocalvin.blogspot.com/), entrei em um que se chama "Mundo Gump"(http://www.mundogump.blogspot.com/) , e me senti impulsionada e inspirada a escrever esse post por causa do que vi por lá. Um post que começava com poluição visual, falava sobre o pan, como ser uma pessoa bem sucedida e termina falando sobre os , e tudo isso com uma desenvoltura incomum e elegante.
E, além disso, hoje fui na redação do Jornal "O tempo", e ganhei um jonal. Eu, que sempre critiquei jornais, pela falta de ética e compromisso com a população, mesmo sabendo que quem escolhe o que lê é cada um, -que o jornal só seleciona o que a maioria quer ler- tive que ganhar um jornal, pra me sentir com a mínima obrigação de folhear e selecionar o que era do meu interesse. Não é que encontrei várias coisas? Entre as que me interessaram estava uma parte de opinião com textos dissertativos excelentes. E como vestibulanda, sempre leio os textos com uma análise impecável sobre a estruturação, para ter uma idéia do que é "escrever". Isso deveria ser razoavelmente bom. Certo? Completamente errado. Não existe uma "fórmula" para escrever um texto. Não é como uma receita de bolo que você tem os ingredientes na medida exata. Escrever é criar.
Mas, ao mesmo, de tanto bombardeio de informações sobre o que deve ser feito ou não. A criatividade e o raciocínio atrofiam. Aperte o play. Dispare a foto. Não fale com estranhos. São ordens relacionadas ao infra-cosciente de cada um, você não sabe porque faz, mas memso assim tá fazendo. O problema é quando o infra-consciente é atividado em qualquer circustância, e o racicínio se perde. As regras já fazem parte do seu dia a dia, e a auto-confiança passa longe.
De acordo com a lei nº5.521.455.652.654.332.414 é proibido abusar das exatas. Não apenas se tratando de cálculos. Em qualquer circustância a substancialidade da exatidão deveria ser descartada e adotada a subjetividade do raciocínio, que mesmo sendo subjetiva não atrofia o cérebro.
Nosso parentesco com os macacos só se torna mais visível ainda. Vivemos apenas de copias de comportamento. Deveríamos mesmo é ser parente dos ruminantes. Nem precisa dizer por que né? Pelo menos não geraria um comodismo de informações.
E ainda sim, com tamanha estagnação de pensamento, o homem chegou onde chegou. Seria paradoxal? Bastante. Usemos a "criatividade" para responder: suas invenções só facilitaram a disperção de informações. Ninguém mais precisa pensar. Abre uma página do google, digita o que quer, e lá estará. Aquela velha estória, "tô cansado de dormir, vou dormir pra descançar".
E assim caminha a humanidade, com passos de mudança, e sem mais previsões.