quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Não leia!


Sinto um vazio inútil - quem é que nunca sentiu?-. Como se não bastasse, para colaborar com a tendência de descida, escutando música triste e lendo eternos pensadores sobre coisas melancólicas.
Em dias de despedida, seguidos por uma ressaca moral alheia, e ainda pelo fim de uma euforia exaltada tem um grãozinho brilhando dentro de mim. Não sei se a palavra ideal seria brilhar. Talvez, melhor seria eu dizer que esse grãozinho tem raios que cortam como o vento em dias frios. A saudade... A eterna vontade de que passe. A eterna impressão de que tudo continua. De certa forma... errado. Estou me repetindo, incansáveis vezes.
Um amigo disse: Você precisa de deixar de ser excessivamente humana. Mas, acho que o meu problema é não ser, não me ver humana. Humanos admitem erros... Aceitam tropeços... Eu não tenho feito isso. Tenho me martirizado e aos outros. Cobro o tempo todo. Nem sei se realmente vivo no sentido completo da palavra. Viver deveria ser transcendental... Se permitir... Eu não me permito. Eu me protejo de mim. O tempo todo.
Quando se for... Me deixe um abraço, se possível... venha me abraçar...
Elisa

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

À VENDA

PAGUE-ME PRA EU ACREDITAR!
OU ENTÃO, COMPRE-ME.

EXIGENTE

Confiar, desconfiar e deixar rolar.
Ansiedade, felicidade, expectativa.
Não cabe tudo junto.
Uma hora vai sair, vai explodir...
vai vazar...
E quando tudo se for, o que fica?
(como vai ficar?)
A felicidade incomoda.
Raramentente vem,
se vem a gente desconfia
se a gente desconfia,
a gente vive.
vivendo,
desconfiada.
A calmaria do alto mar...
será que vai se transformar?
Nuvens roxas, azuis, cinzas...
Elas vêem por aí?
Essa paz, não pode ser verdade.
Não tem como acreditar.
Não é completa,
(como vai ficar?)
O tempo muda... 16...17...18...
E devo esperar?
Ansiedade. Me pega,
dilacera, mata.
Traga alguma coisa.
Que seja boa.
Que acabe com a calmaria.
E que não leve a felicidade.
Elisa

sábado, 9 de fevereiro de 2008

""A causa de tudo é estar eu doente", decidiu, finalmente mal-humorado. "Eu própriome atormento e martirizo, e não sei ao certo o que faço... E ontem, e anteontem, e todo esse tempo tenho estado a atormentar-me... Quando me puser bom... deixarei de sofrer... Mas se eu não me ponho bom? Senhor! Como eu já estou farto de tudo isto!" Caminhava sem parar. Sentia uma ânsia feroz de distrair-se, fosse como fosse; mas não sabia o que fazer nem o que empreender. Uma sensação nova, invencível, se ia arraigando nele cada vez mais: era uma aversão infinita, quase física por tudo quanto encontrava e via, uma sensação obstinada, maldosa, inflamada. Todas as pessoas se lhe tornavam odiosas, eram-lhe também odiosas as suas caras, a sua maneira de andar, todos os seus movimentos. Cuspir-lhes-ia simplesmente, morderia quem quer que tivesse a intenção de lhe falar..."

Crime e Castigo - Dostoiévski
Status: Lendo e achando ótimo!