domingo, 4 de novembro de 2007

Quando quis demais ser, deixei de ser e passei a querer. Me atrasei pra apagar a luz na hora da saída, quando cheguei já tava tudo apagado. Eu queria mesmo era nem ter visto. Querido não querer.Porque essa ansiedade é como brisa densa em dia de frio. E nem sei porque esperar, o que esperar. Ter sentido me permitiu sonhar alto. Eu que não esperava nada, que só fazia acontecer já não sei não esperar. Já sinto falta. Já tenho um vazio. Já consigo imaginar. E agora que sinto falta, mesmo sem querer tenho que esperar. Uma espera vã. Uma espera única. Ninguém vai saber.
Elisa

"Uma pessoa grávida de futuro."
Clarice Lispector

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